A música faz parte de minha vida desde sempre. Esforço-me em absorver mais e mais sobre ela e é assim desde o momento mais remoto que minha lembrança é capaz de alcançar: da musicalização infantil aos cursos livres de música, em Jundiaí, minha cidade natal, depois à graduação e ao mestrado em música popular na UNICAMP, e além, até precisamente este momento.
Via de regra, envolvo-me em projetos comprometidos, consistentes, que se permitem amadurecer aos poucos e que agregam músicos que são ao mesmo tempo grandes amigos. É o caso deste À Deriva.
E é o caso também do Quatro a Zero, que existe desde 2001 e que toca choro num formato pouco convencional – já lançamos 3 CDs, “Choro Elétrico (2005), “Porta Aberta” (2008) e “Alegria” (2011). Nos apresentamos em todo o país, de Porto Alegre-RS a Macapá-AM. E também, em 2012, em Paris e Lisboa. No decorrer de nossa trajetória, tivemos a oportunidade de gravar e dividir o palco com grandes músicos como Joel Nascimento, Toninho Ferragutti e Nailor Proveta.
Ou do Conversa Ribeira, fundado em 2002, onde toco acordeom, além do piano, em recriações de canções ligadas ao universo da cultura caipira. Lançamos 2 CDs, “Conversa Ribeira” (2008) e “Águas memórias” (2013). Viajamos com o projeto Pixinguinha em 2007, fomos selecionados no Rumos Itaucultural, fomos premiados pelo festival Voa Viola (2011), mostramos nossa música em festivais em Portugal e no México. Já nos apresentamos ao lado de Guinga, Paulo Freire e Mônica Salmaso.
Participo também do grupo Comboio, com quem gravei o CD “Narrativas de Sobrevivência” e acompanho a cantora Rita Gullo.
Acredito na importância de compartilhar as experiências e os conhecimentos que tenho a oportunidade de ir acumulando. Desde 2004, dou aulas de música popular em conjunto para um grupo de quinze jovens no projeto “Música e Cidadania”, da Escola de Música de Jundiaí.